quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ready, Steady.....Go!

Com a eleição de um novo líder no Partido Socialista e o aumento das quezílias entre partidos, está oficialmente aberto o período pré-eleitoral. Mas neste momento, há mais dúvidas do que certezas quanto à evolução das sondagens, ao comportamento dos diferentes agentes políticos, e obviamente quanto aos futuros resultados eleitorais.
O PSD está seguramente focado em invocar o passado recente do partido socialista e os eventuais pontos fracos do ex-primeiro ministro detido. Mas a sua campanha terá de ser mais direcionada à estabilidade do país, ao reconhecimento internacional  e à retoma da economia que os portugueses ainda não sentem e as estatísticas tardam a evidenciar.
O PS tem um puzzle enorme por construir. Até aqui não apresentou ideias e o seu líder perdeu o estado de graça de uma eleição recente ao ser ofuscado pela prisão e suspeitas de corrupção de um seu antecessor e amigo pessoal.
PCP e Bloco de Esquerda continuam a querer manter o distanciamento dos partidos de governo. A sua eventual participação em Governos, obrigaria a inevitáveis cedências que os seus militantes não tolerariam, pelo que a sua base de apoio se fragmentaria rapidamente.
Marinho Pinto e outros movimentos como o Livre poderão sofrer com o chamado voto útil, perdendo votos para os partidos do arco da governação mas ficando sempre à espreita dos resultados alheios para eventualmente serem chamados a funções governativas ou de viabilização governativa.
O CDS é a maior incógnita. Cabendo-lhe o papel de pivot, a decisão de ir sozinho ou coligado a eleições é bastante importante. Poderá coligar-se (após eleições) com PSD ou com o PS, independentemente das declarações de intenções de afastamentos que tem havido até ao momento.
Estes são apenas sinais que se vão passando à sociedade no dia-a-dia. Mais importante do que movimentações de bastidores são as reais ideias programáticas de cada uma das forças políticas para o país. E essas parecem tardar porque quanto menor o compromisso menos lugar a critica, o que é pouco louvável para personalidades que dizem que Portugal está à frente do poder que conseguem obter para si e para os seus, com o número de votos que contabilizam nas eleições!