sábado, 4 de outubro de 2014

à procura da Liberdade!

Começou ontem no Centro Cultural de Belém o 3º encontro Presente no Futuro organizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos sob o tema "à procura de Liberdade" com a presença de mais de 1000 inscritos.

As várias sessões do primeiro dia tentaram definir o que era a Liberdade ou as Liberdades, demonstrando que este é um conceito vago, que não tem uma teoria e que é difícil de separar de outros conceitos como a igualdade, a justiça ou mesmo a responsabilidade. Podemos ser livres enquanto individuais e ser ao mesmo tempo seres socialmente encarcerados.
A liberdade começa nas necessidades básicas do individuo como comer, respirar, habitar, necessidades fisiológicas e tantas outras, como referiu Jeremy Waldron, Mas a liberdade mais falada em Portugal é ainda um conceito muito preso a 1974, embora Eduardo Lourenço tenha classificado a ditadura portuguesa de branda. Referiu ainda que a sociedade moderna está refém da televisão e que esse é um dos principais motivos para não ter havido uma outra revolução.
Já Pedro Adão e Silva considera que a liberdade só pode exisitir se os salários mais baixos forem aumentados, numa das mais partidarizadas intervenções do dia.
Diogo Ramada Curto defendeu que históricamente a liberdade é um conjunto de direitos adquiridos, embora tenha concordado que a liberdade social seja essencialmente um direito merecido.
Acima de tudo, a Liberdade, esse nobre conceito que todos ambicionam, parece uma utopia contemporânea. Dificilmente alguém é totalmente livre. Podemos ser livres na música ou em qualquer expressão da arte mas mesmo aí há limitações impostas como explicou Joana Vasconcelos.
E há ainda diferentes formas de liberdade. Ser livre pode significar ser igual mas também ser-se diferente.
Aliás, como referiu José Gil "o conceito de Liberdade é muito abstracto mas também é muito concreto"

Aproxima-se o inicio do segundo dia de trabalhos nesta procura da Liberdade. O primeiro dia mostrou que este é talvez um conceito demasiado lato. Discutir a Liberdade é correr o risco de aflorar a questão pela rama e não discutir se queremos mais liberdade, de como a conseguiremos no futuro, de quanto custa a liberdade e tantas outras questões que poderiam ser mais precisas e talvez um pouco mais produtivas.
Mas dicutir a Liberdade 40 anos depois do 25 de Abril é também romper com o encarceramento social de equiparar o ser-se livre ao viver apenas em democracia, numa qualquer democracia.

Vamos então ao 2º dia! Quem não pode estar in loco, pode acompanhar as sessões em www.presentenofuturo.pt ou na TVI que transmitirá algumas sessões.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

"El cáncer no es una lotería"



Um estudo muito interessante que correlaciona o cancro com a localização geográfica dos doentes em Espanha.Viver perto de uma cimenteira, de uma mina de carvão ou em zonas com elevados teores de gases como o radão levam a um aumento muito significativo das probabilidades em sofrer de cancro.

Veja aqui os principais resultados do estudo feito em Espanha que conclui que “el código postal es más importante que el código genético”